História

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Foi o alvará régio de D. Pedro II, de 28 de Dezembro de 1676, que autorizou o bispo diocesano D. António Teles da Silva a criar esta paróquia, que somente parece ter ficado definitivamente constituída no ano de 1680. Foi Gaspar Pinto Correia o seu primeiro pároco no período decorrido de 1680 a 1699, tendo-lhe imediatamente sucedido os padres Manuel Simão de Gouveia, António Gomes Germano e Manuel João Barreto, até meados do século XVIII. Desde a sua criação até o presente, têm trinta e um sacerdotes exercido funções paroquiais nesta freguesia, como párocos efectivos dela. O primitivo vencimento do vigário foi de 10.000 réis anuais, um moio e meio de trigo e uma pipa e meia de vinho, que, com o decorrer dos tempos e aumento do número de fogos, sofreu alguns acrescentamentos.

O crescimento da população, que parece ter sido rápido, levou o prelado da diocese, D. Luiz Rodrigues de Vilares, a pedir a criação dum curato, o que se deu no ano de 1801, sendo primeiro cura o padre Inácio Cristóvão da Silva. Vários curas tiveram moradia permanente na freguesia, mas há já algumas dezenas de anos que ali não residem.

A sede da paróquia estabeleceu-se na capela da invocação de S. Lourenço, que foi o orago da nova freguesia, e que nos informam ter sido construída por Francisco Gonçalves Salgado. Nada sabemos acerca do ano e local em que se ergueu o pequeno templo, mas conjecturamos que não era no mesmo lugar onde depois se veio a erigir a actual igreja paroquial. Em 1746 já esta capela se encontrava em adiantado estado de ruína.

Há a vaga tradição de que no sítio dos Salgados existiu uma pequena ermida, ignorando nós se seria porventura nesta que se instalou a paróquia por ocasião da sua criação. A primeira pedra para a construção da actual igreja foi lançada a 30 de Setembro de 1783. Por 1886 se reconstruíram as paredes laterais, que ameaçavam iminente derrocada. Nos últimos anos têm esta igreja e respectivo adro sofrido grandes reparações e sido consideravelmente melhorados no seu embelezamento e adorno, devido ao zelo de alguns párocos.

Tinha esta paróquia uma escola oficial para cada sexo, sendo a do sexo masculino criada em 1862, e a do sexo feminino, por decreto de 12 de Agosto de 1914. A primeira, desde a sua criação, tem tido como professores Miguel Luiz Valério, Luiz Teixeira de Vasconcelos, Constâncio Figueira da Silva e Manuel de Jesus de Antas e Almeida. A primeira professora da escola do sexo feminino foi D. Maria das Mercês Lopes de Faria.

0 Cemitério paroquial foi construído em 1856, por ocasião da epidemia colérica, em terreno para esse fim oferecido pelo Conde do Carvalhal, que era um dos maiores proprietários desta freguesia.

In: Elucidário Madeirense

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