São Lourenço era um dos sete diáconos da Igreja de Roma. Tinha um cargo de grande responsabilidade já que era da sua competência a administração dos bens da Igreja e a distribuição das esmolas pelos pobres.
No ano 257, o imperador publicou o decreto de perseguição contra os cristãos. Depois de matar o Papa São Sixto II, o imperador mandou chamar São Lourenço a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja possuía.
São Lourenço pediu, então, um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria. Confessou que a Igreja era muito rica e sua riqueza ultrapassava a do imperador. Foram-lhe concedidos três dias. Então reuniu os cegos, os coxos, os aleijados, enfermos, crianças e velhos e levou-os diante do imperador.
Indignado, o imperador ordenou um suplício especialmente cruel. Amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. Em meio aos tormentos mais atrozes, ele conservou o seu “bom humor cristão”. Dizia ao carrasco: “Vira-me, que deste lado já está bem assado... Agora está bom, está bem assado. Podes comer!”.
São Lourenço foi sepultado no cemitério de Ciriaca, em Agro Verão, sobre a Via Tiburtina. Constantino ergueu a primeira capela no local que ocupa actualmente a Igreja de São Lourenço extramuros, que é a quinta basílica patriarcal de Roma.
